"Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca.
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor Me sinto triste de gozá-lo tanto, E me deito ao comprido na erva, E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, Sei da verdade e sou feliz."
Alberto Caeiro (heterónimo de Pessoa)
ps: creio que esses dois versos "me sinto triste de gozá-lo tanto" e "sei da verdade e sou feliz", possam ter sido o embrião do teu verso. Conversei sobre isso com um amigo "pessoano" que concordou. Mas "a Fito o que é de Fito", o teu verso é singular.
Não Fito, não se nota mesmo nada! Yayaya. Antes de o teres referido expressamente, pressenti-o na tua obra, multifacetada... como os seus heterónimos. Eu aprendi a gostar de Pessoa com o Antonio Tabucchi, um autor italiano que ama Pessoa e Lisboa e que foi quem me inspirou a história "Lisboa e laranjas". É algo que me faz muito feliz, esse gosto partilhado.
7 comentarios:
es muy tierno, es hermoso.
es de Luis hernandez? se parece.
No, es mio, pero creo que se me quedó de algún lado. Yo pensé que era el recuerdo de algún poema de Pessoa, pero no lo he encontrado.
Eu ofereço-to um destes dias.
É muito belo e comovente o teu verso.
F.
ps: "A minha Pátria é a Língua Portuguesa"
Fernando Pessoa
"Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei da verdade e sou feliz."
Alberto Caeiro (heterónimo de Pessoa)
ps: creio que esses dois versos
"me sinto triste de gozá-lo tanto" e
"sei da verdade e sou feliz", possam ter sido o embrião do teu verso. Conversei sobre isso com um amigo "pessoano" que concordou.
Mas "a Fito o que é de Fito", o teu verso é singular.
Gracias Fabiola. Te conté alguna vez que me gusta mucho la poesía de Pessoa? Bueno, talvez se nota.
Não Fito, não se nota mesmo nada! Yayaya.
Antes de o teres referido expressamente, pressenti-o na tua obra, multifacetada... como os seus heterónimos.
Eu aprendi a gostar de Pessoa com o Antonio Tabucchi, um autor italiano que ama Pessoa e Lisboa e que foi quem me inspirou a história "Lisboa e laranjas".
É algo que me faz muito feliz, esse gosto partilhado.
Obrigada Fito,
F.
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